“No Balcão Vacio” Cinema Mexicano Pelo Cineclube Imigração
O Cineclube Imigração desde seu começo projetou o cinema ibero-americano como uma forma de aproximar as realizações feitas por países de língua hispânica e lusitana ao público brasileiro. Temas como a imigração, a política, a educação, a literatura e as paixões do nosso continente e das relações artísticas entre colonizadores e rupturistas de um novo modelo. Os temas analisados são as violentas ditaduras militares no continente, os processos de colonização e descolonização das veias abertas da América Latina, mencionando o jornalista e escritor Eduardo Galeano, o escritor e poeta uruguaio Mario Benedetti, os diretores peruano Francisco Lombardi, Colombiano Sergio Cabrera, os chilenos André Woods, Larraín e Jodorowsky, argentinos Elíseos Subiela e Luis Puenzo, mexicanos Iñárritu, Cuarón, Arau o Guillermo del Toro e espanhóis como Aranda, Saura, Truebas e Almodóvar.
Um dos temas do Imigração sempre é a Guerra Civil Espanhola (1936-39), um conflito que antecede a Segunda Guerra Mundial e divide o povo espanhol até os dias atuais, num conflito interminável entre progressistas e ultraconservadores. Temas como a ideologia, a religiosidade, o anticomunismo, o aborto e as direções comportamentais no país. Exibimos filmes como “Libertárias” (1996) de Vicente Aranda, um filme sobre a participação das mulheres anarquistas no frente de batalha junto às brigadas internacionais, onde participaram o escritor britânico George Orwell, o político alemão Billy Brandt, o presidente iugoslavo Josip Tito e muitos brasileiros entre eles o mais conhecido, Apolônio de Carvalho, um cidadão nascido em Corumbá que lutou também na resistência francesa contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial.
Muitos filmes foram debatidos sobre a pré e pós Guerra Civil, “A Língua das mariposas” (1999) de José Luis Cuerda, debatido no mês passado, do mesmo diretor debatemos “O Silêncio dos Girassóis” (2008) sobre as toupeiras, pessoas que após a vitória do ditador franco passaram mais de 30 anos escondidos em cavernas ou buracos feitos em paredes e muitos deles após a anistia continuavam escondidos com medo da violência e crueldade da ditadura franquista, que esteve no poder de 1939 até a morte do ditador em 1975. Outro filme debatido é “A Trincheira Infinita” (2019) de José María Goenaga, Aitor Arregi, Jon Garaño, filme da Netflix que mostra 30 anos de dificuldade de ser um fantasma em uma sociedade conservadora. Vicente Aranda nos apresenta “Se te dicen que caí” (1992), um filme com Antonio Bandeira, Jorge Sanz e Victoria Abril, sobre a clandestinidade de uma toupeira.
Sobre cinema espanhol também apresentamos filmes mais leves, se pode ser dito assim, filmes do diretor manchego mais importante da Espanha na atualidade, Pedro Almodovar, diversas mostras e debates sobre este diretor que começa sua carreira na década de 80 e com uma produção premiada, muito diversa e prolifera mostrando muito particularmente a cultura e a diversidade da sociedade espanhola com ironia, sarcasmo e muita criatividade. Um diretor que recria a movida madrilena, uma espécie de Pauliceia Desvairadas, o mundo LGBTQIA+, as drogas, as musas empoderadas, os homens débeis e fracos em um mundo feminino. Porém que em “Madres Paralelas” (2022), que transversalmente bordeia um tema inesquecível na Espanha, os fuzilados desaparecidos da Guerra Civil que até nos dias de hoje, seus familiares exigem o paradeiro dos restos de seus entes queridos. No Brasil em nossos dias o Ministério da Justiça promove a criação de um cadastro genético atualizado dos familiares dos desaparecidos, que deve ser incluído no Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas.
O filme “En el Balcón Vacío” (1961) de Jomí García Ascot, um filme sobre as experiências de uma garota, filha de exilados, que vive a experiência no México, sobre o medo e as expectativas de sobrevivência. Filme apresentado pelo pesquisador mexicano Lefteri Becerra para o debate em espanhol dos convidados, a professora de historia, a chilena Ginneta Villanueva, a socióloga chilena, residente em Goiânia, Violeta Arvin e a moderação do professor de historia e cineclubista, o chileno Francisco Lillo, coordenador do Cineclube Imigração de Goiânia. Assista pelo Canal do Youtube da União de Cineclubes de Goiânia.
Viva o Cinema e o Cineclubismo brasileiro e goiano.
Acompanhe a programação pelo CINEGOIANIA e pelas Redes Sociais dos Cineclubes Goianos.
Por Francisco Lillo
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